“Tem detalhes da vida que não se descreve... Simplesmente se vive!”

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Para refletir: “O modelo dos modelos” Italo Calvino


Ao ler o texto do autor Ítalo Calvino “O modelo dos modelos” temos uma narrativa de uma história: Em que houve uma época que senhor Palomar refletiu sobre um modelo que fosse por excelência, ou seja, que não tinha nenhum defeito e tudo era perfeito. Com o passar dos tempos começou a ver que era possível adaptar-se as diferentes práticas, e de acordo com a realidade fez as correções necessárias para um modelo escolhido.
Contudo observou que as regras que estabelecia foi modificadas e já não buscava mais um modelo estabelecido. Nisso ampliou a sua visão e abriu um leque de variados modelos sendo que foi possível transformáveis uns nos outros segundo um procedimento combinatório, para encontrar aquele que se adaptasse melhor a uma realidade.
De acordo com Educação Especial organizou seus serviços de forma substitutiva ao ensino comum, ou seja, atuou como um sistema paralelo de ensino. A atual Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, de janeiro de 2008, reafirma o direito de todos os alunos à educação no ensino regular, recebendo, quando necessário, o Atendimento Educacional Especializado. Tratando-se de documentos legais, a Constituição Federal de 1988 assegura o princípio de igualdade, garantindo, em seu Artigo 206, Inciso I, que “o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”. Outros documentos nacionais e internacionais asseguram também o princípio de igualdade e o direito de as pessoas com necessidades educacionais especiais frequentarem o ensino regula. Em relação ao AEE tem um paralelo, pois dessa forma se realizar o trabalho na pratica, primeiramente temos um caso na qual temos uma idéia, e começamos a  realizar os estudos e pesquisas.





segunda-feira, 2 de junho de 2014

Atividades Pedagógicas de Cores e Formas Geométricas para TGD

Não é tão simples ensinarmos cores e formas geométricas para alunos com autismo, porém é possível desenvolver este aprendizado de maneira didática e prazerosa. As cores e formas geométricas já na Educação Infantil fazem parte do currículo escolar dentro do conteúdo de matemática. Este conteúdo faz parte do nosso dia-a-dia por isso é tão importante ensinarmos aos nossos pequenos. Quando trabalhamos cores estamos também ensinando a criança a classificar. E o ato de aprendermos a classificar a partir das cores faz com que a criança perceba no mundo e na natureza os pequenos detalhes da beleza da vida. A ideia é fazer com que o aluno com autismo consiga generalizar este aprendizado e servirá de porta de entrada para outras vias do conhecimento.


Esta atividade ensina as cores primarias como o azul, vermelho, amarelo e verde com materiais de tampa de diversas garrafas inclusive a de Pet. As formas geométricas são trabalhadas com tampinhas de Pet e palitos de picolé de plásticos coloridos. De forma intuitiva o aluno, logo de início consegue entender a atividade.



AtividadeFormas geométricas e cores

Para esta atividade temos o quadrado, retângulo e triângulo impresso na folha A4 cada forma nas quatros cores que são Vermelho, azul, verde e amarelo, estas folhas são plastificadas para melhor durabilidade. Aqui são usados palitos de plásticos coloridos(da kibon do picolé Frutilly), também pode ser usado de outras marcas e de palito de madeira pintado. 



O tamanho dos lados das formas devem ter o mesmo dos palitos usados. O aluno deve sobrepor cada palito em cima dos lados das formas conforme as cores. No retângulo foi usado dois palitos nos lados maiores.




AtividadeFormas geométricas e cores - Círculo 

A técnica usada é a mesma, basta fazer o desenho no mesmo tamanho das tampas de Pet, cada circunferência formanda de vários círculos, representando cada tampa.






Atividade: Cores com tampas variadas com Velcro. 

Agora é trabalhar só cores de forma generalizada, pois estamos usando tampas de vários tamanhos, para que seja entendido que a relação feita é a cor não importando o tipo de tampa. obs: os quadrados demarcados na folha neste momento não denota uma forma geométrica e sim o lugar onde a peça deve ser colocada. Esta atividade deve ser desenvolvida em etapas.


1ª - Comece com uma cor em cada folha separada;


2ª - Depois que o aluno conseguir fazer as atividades em cores por vez, desenvolva então com duas cores ao mesmo tempo na mesma forma;



3ª - Depois de ter exercitado nas etapas anteriores, trabalhe agora com as quatros cores ao mesmo tempo na mesma forma;

4ª – Nesta última etapa, as cores não estão ordenadas exigindo um grau maior de dificuldade.

sábado, 19 de abril de 2014

DIFERENCIANDO SURDOCEGUEIRA DE DMU





Wanderson Pinheiro da Silva[1]

                O termo deficiência múltipla tem sido utilizado, com frequência, para caracterizar o conjunto de duas ou mais deficiências associadas, de ordem física, sensorial, mental, emocional ou de comportamento social. A Surdocegueira é uma terminologia adotada mundialmente para se referir a pessoas que tem perdas visuais e auditivas concomitantes em graus diferentes. Sendo que é uma deficiência singular em que o individuo ao mesmo tempo na perda da visão e da audição, considerando o individuo que apresenta essa limitação independente do grau das perdas auditiva e visual. Vale lembrar que a surdocegueuira pode ser congênita ou adquirida. De acordo como o fascículo AEE-DMU nos diz que as pessoas sudocegas estão divididas em quatro categorias:
·         Pessoas que eram cegas e se tornaram surdas;
·         Eram surdas e se tornaram cegas;
·         Pessoas que se tornaram surdocegos;
·         Pessoas que nasceram surdocegos, ou se tornaram surdocegos antes de aprender alguma linguagem.

A Deficiência Múltipla é quando uma pessoa se depara com mais de uma deficiência, apresentam características especificas e peculiares com necessidade únicas. Por isso faz-se necessário dar atenção a dois aspectos: A Comunicação e o Posicionamento. Podendo apresentar não necessariamente os mesmos tipos de deficiências, podendo ser:
·         Cegueira e deficiência mental;
·         Deficiência auditiva e deficiência metal;
·         Deficiência auditiva e autismo.

            A comunicação entre os seres humanos é um processo interpessoal por meio do qual se estabelecem vínculos com os outros; esta relação é estabelecida de diferentes maneiras e, segundo as possibilidades comunicativas de cada um, pode acontecer com movimentos do corpo, utilizando objetos do ambiente ou desenvolvendo um código linguístico. SERPA, 2002. Neste sentido, o uso de estratégias para desenvolver a comunicação no processo é significativo. (prancha de comunicação, comunicação aumentativa e alternativa, pastas de comunicação, agenda e calendário, álbum de fotografias, Libras, braile, caixa de antecipação, caderno de comunicação assim como objeto de referencia e pistas de imagens). Podemos listar algumas atividades necessariamente básicas para lidar com os alunos que apresentam Deficiência Múltipla/Surdocegueira como:

*Cognitivas: Iniciar as instruções com atividades das mais simples para as mais complexas. Dividir as instruções em etapas. Partir do concreto para o abstrato. Respeitar o ritmo de aprendizagem. Repetir as instruções/atividades em situações variadas de forma diversificada. Explicar o que poderá acontecer em situações novas como por exemplo: No inicio da aula de educação física, as regras de um jogo novo dando suporte e orientação aos que cuidam da pessoa com deficiência;
*Auditivas: Instrutor e Mediador, Guia-intérprete, recursos para Comunicação, aparelho de amplificação sonora, sistema FM para pessoas com surdocegueira adquirida;
*Visuais: Controlar iluminação da sala, móveis ou recursos para posicionamento do material, guia de leitura com pauta ampliada e recursos de tecnologia da informação e comunicação – TICS (mouse, teclado e vídeo), Sistema Braille, orientação e mobilidade;
*Necessidade motora e física: Tecnologia assistiva (aranha mola, Órtese, Engrossador de espuma, Plano inclinado), Teclado com recursos de acessibilidade, poltrona postural;
*Necessidades arquitetônicas: construção de rampas, alargamento de portas, adequação de banheiros, refeitório, salas de aulas, auditórios, sinalização sonora, sinalização visual, sinalização tátil, colocação de elevadores, adequação dos acessos em torno da escola.

REFERÊNCIAS:
·         Schirmer,R. Carolina, Nádia Browning, Rita Bersch, Rosângela Machado; Atendimento Educacional Especializado: Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado deficiência física- MEC/SEESP, 2007.
·         SERPA, Ximena Fonegra, Comunicação para Pessoas com Surdocegueira. Tradução do livro Comunicacion para Persona Sordociegas, INSOR-Colômbia 2002.
·         BOSCO, Ismênia C.M.G. / MESQUITA, Sandra R. S. H. / MAIA, Shirley R. Coletânea UFC – MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar – Fascículo 05: Surdocegueira e deficiência Múltipla (2010)




[1]. Professor na Escola Municipal Mestre Pacifico Siqueira Campos - Pedagogo – Especialista em Psicopedagogia Gestão, Supervisão e Orientação Educacional Cursista do Curso de Especialização em Atendimento Educacional Especializado AEE pela UFC. E-mail: wanderson.end@hotmail.com  @hotmail.com  

sábado, 8 de março de 2014

Atendimento Educacional Especializado – Para Pessoas com Surdez


Wanderson Pinheiro [1]

Palavras-chave: Libras, Língua Portuguesa, Pessoa com surdez

O processo educacional sempre foi alvo de constantes discussões e apontamentos que motivaram sua evolução em vários aspectos, principalmente na metodologias de ensino pelos professores e a valorização do contexto escolar. Nesse aspecto GADOTTI (2000:4), pesquisador desse processo afirma que,

a educação tradicional iniciou seu declínio já no movimento renascentista, mas ela sobrevive até hoje, apesar da extensão média da escolaridade trazida pela educação burguesa. A educação nova, que surge de forma mais clara a partir da obra de Rousseau, desenvolveu-se nesses últimos dois séculos e trouxe consigo numerosas conquistas, sobretudo no campo das ciências da educação e das metodologias de ensino. O conceito de “aprender fazendo” de John Dewey e as técnicas Freinet, por exemplo, são aquisições definitivas na história da pedagogia. Tanto a concepção tradicional de educação quanto a nova, amplamente consolidadas, terão um lugar garantido na educação do futuro. (GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação, 2000) 

Diante das transformações sociais, onde informações e descobertas acontecem em frações de segundo, o processo de desenvolvimento da escola entra na pauta como um dos mais importantes aspectos a serem discutidos neste processo, pois é nela que são promovidas as mais importantes formulações teóricas sobre o desenvolvimento cultural e social de todas partes que compõem uma nova prática educacional. A visão da Educação Especial  precisamos primeiramente estar atento aos documentos legais em concordância com a Lei n. 10.436 de abril de 2002, regulamentada pelo Decreto n. 5.626 de dezembro de 2005, que determina o direito a uma educação que garanta a sua formação bilíngue, em que Língua de Sinais e Língua Portuguesa escrita para as pessoas com surdez. As mesmas enfrentam inúmeros problemas para participar da educação escolar, por causa da perda da audição e da forma como se comunica. Muitos alunos com surdez podem ser prejudicados pela falta de estímulos adequados ao seu potencial cognitivo, sócio-afetivo, linguístico e político-cultural e ter perdas consideráveis no desenvolvimento da aprendizagem.
Surge então o seguinte questionamento: Como são as práticas pedagógicas para pessoas com surdez, de acordo com as tendências: oralismo, comunicação total e bilingüismo? Podemos dizer que as pessoas com surdez têm direito a uma educação que garanta a sua formação, em que a Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa, preferencialmente na modalidade escrita, constituam línguas de instrução, e que o acesso às duas línguas ocorra de forma simultânea no ambiente escolar. De uma forma geral pode ser explicada as tendências em: 
ü  Oralismo era apenas os gestos e mimicas na qual a pessoa surda se comunicava; 
ü  Comunicação total utilizava o uso de qualquer recurso possível para a comunicação, dando ênfase as interações sociais, cognitivas e afetivas dos alunos. Não valorizava a língua de sinais; 
ü  Bilinguismo ‘e por meio da linguagem oral e da escrita com a adição da linguagem da comunidade surda conhecida como Língua de Sinais: LIBRAS, que dispõem de  três momentos, que são: AEE de Libras, AEE em Libras e o AEE para o ensino da Língua Portuguesa que oferece a esses alunos a oportunidade de demonstrarem se beneficiar de ambientes inclusivos de aprendizagem.
O AEE DE LIBRAS: O professor de Libras deve planejar o ensino dessa língua a partir dos diversos aspectos que envolvem sua aprendizagem, como referencias visuais, anotação em língua portuguesa, dactilologia (alfabeto manual), parâmetros primários e secundários, que são a configuração das mãos, ponto de articulação, movimento e disposição das mãos, orientação da palma das mãos, região de contato e expressões faciais, classificadores e sinais. Ao ser respeitado isso, durante os atendimentos, os alunos irão interagir estabelecendo diálogos e realizando trocas simbólicas. Como acontece com outras línguas, para o ensino de Libras a metodologia do professor deve estar focada no contexto de vida do aluno, para que o seu desenvolvimento linguístico seja mais significativo, respeitando-se o conhecimento que o aluno tem a respeito da Língua de Sinais e o estágio de desenvolvimento da língua em que o aluno se encontra.
O AEE EM LIBRAS: Ocorrer no contra turno ao horário da escolarização, o professor do AEE trabalhar com os conteúdos curriculares de forma articulada com o professor de sala de aula. O atendimento não deve substituir a escolarização, sendo um serviço complementar ao que está sendo estudado na sala de aula. As etapas essenciais que o professor em Libras deverá seguir para o atendimento do aluno com surdez, segundo Damázio e Ferreira (2010: pp. 12-14), são as seguintes: 

 Acolhimento de todos os alunos, que precisam ser valorizados, mantendo uma relação de respeito e confiança com o professor.  Com identificação das habilidades e necessidades educacionais específicas dos alunos contemplando a avaliação inicial dos conhecimentos dos alunos. 

O AEE PARA O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA: Este momento dar-se-á orientado pelo bilinguismo, sendo considerado a Libras e Português escrito como línguas de instrução dos alunos com surdez, pois as duas línguas são importantes, pois ampliam as possibilidades de comunicação e aprendizagem em várias situações do cotidiano escolar. A aprendizagem do Português, a proposta didático-pedagógica, em um primeiro nível de ensino deve iniciar-se com os processos de letramento, que perpassam a educação infantil e o ciclo de alfabetização no decorrer do ensino fundamental. Num segundo nível intermediário, os textos devem apresentar estruturas, organização e funcionamento de razoável complexidade, em condições de promover a leitura, interpretação e escrita, segundo categorias mais elaboradas da língua portuguesa. No terceiro nível, os conhecimentos do Português escrito devem recair sobre o uso da língua oficial na leitura e na produção de textos mais complexos.

Referencias:
ü  GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 2000.
ü  DAMÁZIO, Mirlene F. M., ALVES, Carla B. e FERREIRA, Josimário de P. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar : abordagem bilíngue na escolarização de pessoas com surdez. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010. 
ü http://saladerecursosmultifuncionais.blogspot.com.br/2011/08/tendencias-para-educacao-da-pesoas-com.html 



1. Professor na Escola Municipal Mestre Pacifico Siqueira Campos - Pedagogo – Especialista em Psicopedagogia Gestão, Supervisão e Orientação Educacional Cursista do Curso de Especialização em Atendimento Educacional Especializado AEE pela UFC. E-mail: wanderson.end@hotmail.com